em frente ao galpão
de compra e venda de papeis para reciclagem
tem umas barracas"os" improvisada(o)s, onde parece comum que algumas das pessoas que recolhem esse tipo de material
espalhado pela parte pública da cidade, passem ali a noite, para bem
cedo trocarem o enorme conteúdo vertical de papeis amassados nos seus carrinhos por
outros pedacinhos de papel, que valem o $ que está neles escrito.
o galpão é esquinado por avenidas; uma tem o ribeirão arrudas
canalizado,
e em parte da outra começa e passa acima dela própria um viaduto,
onde, embaixo dele e em frente ao galpão, tem mais algumas poucas barracas“os” improvisada(o)s.
e é nesse lugar, embaixo do viaduto e em frente ao galpão
que o nosso ônibus parou obediente à luz vermelha do semáforo.
e então vimos:
ali em meio àqueles papeis fardos carros de madeira
barracas”os” tinha duas mulheres já bem vividas, duas donas senhoras marias vivendo um momento especial; elas se
abraçavam, se beijavam sorriam corriam por ali se tropeçando se esbarrando e retornavam aos abraços e beijos com
gritinhos e sorrisos felizes, prenunciando uma noite feliz, uma madrugada feliz
um tempo feliz reciclando sentimentos e por que não, também nos envolvendo de alguma forma numa reciclagem.
embora para elas talvez nem existisse aquele coletivo ali ao lado iluminado/iluminando-as.
ali parado esperando uma luz verde
pra então seguir seu itinerário...
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