sábado, 26 de maio de 2012

sol de primavera. meu avô cientista - venda da gravura




essa gravura foi uma iniciativa do saudoso marcelo lanna,  http://gilbertodeabreubr.blogspot.com.br/2010/02/momento-imensa-tristeza.html , e seu ibrapi (instituto brasileiro de pesquisa da imagem)
foram tiradas 300 cópias em papel couche mate 240 gm2 (fosco), acabamentos: laminação fosca, verniz ultra-violeta localizado. tamanho: 74,0 x 47,0cm, numeradas e assinadas por mim.
corrigindo o nº da conta 00946685-7
ag. 0085
op 013

sexta-feira, 18 de maio de 2012

joão, gilberto e clarisse - 2ª edição




O trabalho, fruto de três anos, tempo dedicado à criação, ensaios, apresentações e gravações, está em sintonia com a proposta da poesia sonora, que trata o poema não como letra numa música nem como texto a ser recitado, mas como célula expressiva em diálogo com o som, provocando imagens e reflexões. O cd é composto de dez faixas e sete poemas, todos colhidos na safra da poesia contemporânea mineira: Murilo Antunes, Ronaldo Brandão, Luciana Tonelli, Maria José Bretas, Joana Guimarães, além do próprio Gilberto, responsável pela concepção musical e arranjos finais de todas as faixas. Tocando um cavaquinho em outra afinação, acrescida de efeitos sonoro/tecnológicos, dá o tom pra percussão de João Carlos e a rebeca de Clarisse Alvarenga, formando o trio que desembocou no título do trabalho e remete a João Gilberto e Clarice Lispector, dois gigantes da música e das letras. Das três faixas que não trazem poemas, duas são instrumentais, entre elas uma releitura de “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro, clássico inquestionável da música brasileira. Há também uma curiosa regravação de “O Tempo vai Apagar”, canção de Paulo César Barros e Getúlio Côrtes, conhecida na voz de Roberto Carlos.
João Carlos, percussionista, parceiro e amigo de Gilberto tem uma participação fundamental nesse trabalho, dividindo com ele a concepção minimalista do cd, que conta também com as participações especiais dos músicos; Tattá Spalla e Fernando Lopes e o ator e músico Kimura Schetino. Clarisse Alvarenga, também jornalista deixou gravada a sua participação com a rabeca em “Gente”, e Gabriela Ruas emprestou sua voz infantil ao “O Monstro”. Gravado e mixado no estúdio Audio-Digital por Sérgio Murilo entre setembro de 1999 e dezembro de 2000, o cd teve edição esgotada, houve ainda uma segunda edição distribuída no “mano a mano”. Com o traço indelevelmente associado à história de um dos mais importantes movimentos musicais do Estado, além de capas de discos de Beto Guedes, ele tem desenhos em discos de Toninho Horta e Lô Borges, para os quais também fez cenários de shows – Gilberto de Abreu não poderia negar a relação que mantêm com a música desde que, ainda na adolescência, se tornou vizinho dos Borges no edifício Levy, no Centro de Belo Horizonte, onde foi morar quando se transferiu de Montes Claros, oriundo de Espinosa, norte de Minas, para a capital. Na estréia fonográfica marcada pela independência, o CD que foi inteiramente bancado pelo artista, à base de permuta com seus quadros, reúne a sua produção poética e a de amigos. O artista plástico, performer e poeta admite ter encontrado no disco o formato ideal para expor parte de sua irrequieta produção artística que, além de desenhos e pinturas, inclui poemas e composições feitas no cavaquinho que toca desde a década de 70, quando entrava em cena em companhia do instrumento no espetáculo teatral “Risos e Facadas”, de Eid Ribeiro e Ronaldo Brandão, inspirados em textos de Samuel Becket. Sobrinho do flautista Oswaldo Lagoeiro, que fez carreira em emissoras de rádio da cidade quando o veículo ainda cultivava performances ao vivo de profissionais da música, e primo do baixista e compositor Yuri Popoff, Gilberto diz que não precisou freqüentar escola de música depois da intensa convivência com os integrantes do então nascente Clube da Esquina. “Enquanto aprendia música com eles, alguns como o Beto Guedes se enveredavam na pintura comigo” recorda das incursões dos dois no ateliê do chorão e pintor Godofredo Guedes, pai de Beto. Na linha inversa dos que fazem da música um mero fundo musical para a poesia, no disco ele promove a interação total das duas manifestações, dando origem a um novo formato do gênero.

“Quando ele dedilha o cavaquinho, parece estar sintonizado a uma época de questionamento e inconformismo, a mesma que viu surgir grande parte de sua produção artística, que hoje ultrapassa 30 anos de vida”.
(De matérias de Alécio Cunha, Ailton Magioli e Alexandra Martins).

Faixas:
01 – clarice lispector, joão gilberto (instrumental)
gilberto de abreu.
violões base e solo, tattá spalla. cavaquinhos base e solo (distorção) e vocal, gilberto de abreu.
02 – pó
murilo antunes e gilberto de abreu
03 – gente
gilberto de abreu
cavaco e voz, gilberto de abreu. percussão joão carlos. rabeca, clarice alvarenga.
04 – quadra 76
maria josé bretas e gilberto de abreu
1° e 2° cavacos e voz, gilberto de abreu. percussão, joão carlos.
05 – carinhoso
pixinguinha e joão de barro
1º, 2° e 3° cavacos, gilberto de abreu. gaita, kimura schetino.
06 – lapso
luciana tonelli e gilberto de abreu
1° e 2° cavacos e voz gilberto de abreu, percussão e voz, joão carlos.
07 – o monstro
ronaldo brandão e gilberto de abreu
voz, gabriela ruas
1°, 2°, 3°, 4° cavaquinhos e voz, gilberto de abreu,. percussão e voz, joão carlos.
08 – só o tempo vai apagar
getúlio cortez e paulo césar barros.
cavaco base e cavaco solo (distorção), gilberto de abreu. instrumento de pvc, joão carlos.
09 - velhocyclo
gilberto de abreu
cavacos, base e solo, e a voz, gilberto de abreu. percussão, joão carlos. teclados, fernando lopes (batata).
10 – joão gilberto
joana guimarães e gilberto de abreu
violões base e solo, tattá spalla. cavaquinhos base e solo (distorção) e voz, gilberto de abreu.

Gravado no estúdio áudio-digital entre setembro de 1999 e dezembro de 2000, por Sérgio Murilo. Mixado por Sérgio Murilo e Gilberto de Abreu. Masterizado no estúdio Sonhos e Sons por Evandro Lopes, em dezembro de 2000.

Belo Horizonte, Minas Gerais.



2ª edição - independente. distribuída pelo correio. 
receba o seu em casa. entre em contato pelo e-mail: gilbertodeabreubr@gmail.com

quinta-feira, 10 de maio de 2012

kimura schetino apresenta: 'um relatório para uma academia' de franz kafka


Um palco, um piano, um macaco e muita emoção


Três anos após o primeiro contato com o texto e de um longo processo de preparação, Kimura
Schetino faz, no dia 17 de maio, às 20h30 no CentoeQuatro a leitura dramática de "Um relatório
para uma academia", conto de Franz Kakfa escrito em 1917.
No conto de Kafka, um macaco elegantemente vestido relata a membros de uma academia de
ciências seu processo de humanização, única saída da condenação à jaula. O macaco nasceu nas
florestas da Costa do Ouro, região da África Ocidental. Capturado, foi aprisionado e transportado até
Hamburgo, na Alemanha. Entre o cativeiro do zoológico e a liberdade proporcionada pelas turnês
teatrais, o símio prefere a segunda opção. Seu sucesso e prestígio na atividade escolhida são
crescentes - sua trajetória o leva da condição de animal selvagem à de humano civilizado, doutor em
diversas disciplinas e frequentador de banquetes.
O texto é posterior a “Metamorfose” (1912), uma das obras mais conhecidas de Kafka na qual o
autor conta a história de um homem que um dia acorda transformado em inseto. Em "Um relatório
para uma academia" a ótica é invertida, um animal se transforma em ser humano. O conto ironiza a
teoria de evolução de Darwin, colocando em cheque o sentido de evolução enquanto melhoria ou
superioridade humana.
A sugestão de montagem da peça foi feita a Kimura pelo diretor, autor e roteirista Eid Ribeiro, com
quem o ator já trabalhou no teatro. A preparação para a leitura incluiu um período de recolhimento,
no qual Kimura passou longa temporada no entorno do Retiro das Pedras buscando viver num
ambiente mais próximo ao habitat do macaco. "Esse período junto à natureza. andando pelas matas,
tomando banho de cachoeira foi essencial para a preparação e para dar emoção às palavras
proferidas pelo personagem. Passei a maior parte desses três anos sofrendo, decorando
exaustivamente, rindo, chorando, buscando o entendimento do texto através da leitura e da
repetição. Foi um processo de muita solidão" diz o ator.
Em cena, Kimura divide espaço com pianista Henrique Cabral, que executa ao vivo a trilha composta
especialmente para a peça. O resultado é uma montagem moderna, densa e cheia de emoção. A
iluminação é de Gilberto de Abreu. A leitura tem duração de 40 minutos.




SOBRE KIMURA SCHETINO

"O que procura tanto o céu, nos olhos de Kimura? Todas as vezes em que me encontro com ele, fica
o desafio do silêncio no “o que é que você está vendo aí?”, língua silente dos gatos sorvendo o calor
debaixo dos carros estacionados na normalidade do vazio. Língua do “p” de macacos estranhos,
insistindo na intensidade do outro, esse domesticado senhor das coisas que vão para o lixo. Macacos
humanos na proa desse outro...volta, por favor !!, pede a “trivialidade do grotesco” em Kafka. Volta
dessa mundanidade dos relatórios e das academias e toca o céu nos olhos do Kimura, admirável
redemoinho blue do macaco-homem no palco de si mesmo" Marcos Pedroso - poeta, escritor, autor
dos livros “Recorte dos Olhos”, “Estivais”, “Acabou” e “desautor”, junto com João Paulo Gonçalves da
Costa, Márcio Sampaio e Rodrigo Lodi, de “Mais Infinito”. “Estivais” e “Acabou” foram publicados no
Brasil, Alemanha, Suíça e Inglaterra.
Kimura Schetino é um artista multimídia que transita por diversos campos das artes, como o teatro,
cinema, televisão, música e poesia. Iniciou a carreira na década de 70, período que mesmo sem as leis
de incentivo, havia um intenso movimento de teatro. Conheça alguns trabalhos que o ator
desenvolveu nesses mais de 40 anos de trajetória:

TEATRO
2008 | Hipocondríacos, graças a Deus | Texto e direção: Walmir José
2000 | Eu e os Anjos | Direção: José Sette
1980 | Grupo Carne e Osso | Peça: As Criadas, texto de Jean Genet | Direção: Eid Ribeiro
1983 | Sai da lama jacaré | Musical - Direção: Buza ferraz.
1977 | Grupo Dinossauro | Peça: Risos e facadas | Direção: Eid Ribeiro e Ronaldo Brandão | Texto:
Samuell Becket - A peça une duas peças: “O fim de jogo” e “Esperando Godot”.

CINEMA
2012 | O fantasma do cinema | Direção: Fábio Carvalho (será lançado em breve)
2004 | Amor perfeito | Direção: Geraldo Magalhães
1986 | A dança dos bonecos | Direção: Helvecio Ratton
1985 | Um filme 100% brasileiro | Direção: José Sette

TV > Novelas e minisséries
1990 – Mico Preto (Rede Globo)
1991 – O Portador (Rede Globo)
1989 – Kananga do Japão (TV Manchete)
1989 – Top Model (Rede Globo)



SERVIÇO

Teatro -  "Um relatório para uma academia"
Duração: 40min
:: Quinta-feira, 17 de maio de 2012
Horário: entrada até 20h30 mediante reserva antecipada*
Couvert: R$15,00
CentoeQuatro | Praça Ruy Barbosa, 104 | Centro
Reservas: 3222-6457 | contato@centoequatro.org
*Não será permitida a entrada sem reserva e nem após o horário marcado. Para garantir a qualidade
do espetáculo, ao início da leitura, o serviço de bar será suspenso.


CONTATOS
Kimura Schetino
(31) 2526-9704 | 9229-2573
Assessoria de imprensa CentoeQuatro:
Mônica Boscarino
(31) 8491-7293 | monica@anagrama.ag


foto rodrigo lodi