sexta-feira, 15 de março de 2013

momento - imensa tristeza



conheci o sergim em 1986, quando ele gravava digitalmente os shows do I seminário da música instrumental em ouro preto, onde além de eu ter feito a camisa, fazia também com henrique cazes o curso de cavaquinho.  
bolsa que ganhei do amigo e parceiro toninho horta criador do seminário.
de lá pra cá eu e o sergim desenvolvemos uma amizade alimentada por trabalhos que sempre nos instigavam muito.
começamos com gravações das trilhas de performances, óperas e operetas visuais, onde conheci a capacidade e conhecimento somada à grande intuição do profissional sérgio murilo.
o que fazia dele o melhor técnico de gravação que já vi trabalhar.
o ser humano, o homem do bem, quem conviveu com ele sabe dizer.
no fim dos anos 90 me convidou a gravar um cd no seu estúdio áudio-digital.
na sua generosa viagem, abriu as portas do estúdio e trabalhamos no sistema de permutas.
nesse momento ele já tinha abandonado o digital e optado pelo analógico em função da qualidade.
por mais de um ano trabalhamos com muito carinho e acuidade o cd joão, gilberto e clarisse.
nesse cd pra única coisa que não existe uma crítica sequer, é a qualidade da gravação. perfeita!
por ser um cara diferenciado, minha experimentalidade mexia positivamente com ele. 
esse trabalho o transformou no meu parceiro junto ao joão carlos e a clarisse alvarenga.
um parceiro no fazer.
nem bem foi lançado, começamos a fazer outro, que até hoje não terminei por, confesso; incompetência minha, mas...
ontem o sergim se foi, com todo o seu carisma, com todo o seu talento e com todo o seu amor. 
isso ele tinha demais.
deixa seus amigos e parentes com lembranças da sua imagem, do som da sua voz, e daquela energia e modo de ver a vida que só as pessoas simples e iluminadas podem ter.
acho que a vida é assim...

foto lincoln continentino